Tem aqueles que acreditam que o
Homo Sapiens se tornou a raça dominante no planeta Terra por conta de uma “missão”.
Se analisarmos a história, não podemos concluir que já chegamos ao auge, mas no
caminho temos muitas conquistas: aprendemos a matemática, que é a base das mais
diversas ciências, modificamos o ambiente à nossa necessidade, encurtamos
distâncias com veículos e exploramos os limites outrora estabelecidos: fundo do
mar, espaço, corpo humano.
A história também é marcada por
grandes desafios: tsunamis, incêndios e pragas são artigos da natureza.
Guerras, armas biológicas, capitalismo selvagem são criações dessa mesma
humanidade que almeja a glória.
Pensando na cronologia temporal,
o primeiro grande desafio do século 21 é microscópio, um agente patológico
exigente, que além de se disseminar com grade facilidade, provoca reações
imunológicas distintas em cada hospedeiro. Ninguém sabe ao certo de onde ele
veio, e a que veio. A única certeza que temos é que vencemos essa batalha.
Como ter tanta certeza? Lady
O’Clock, da Agência do Tempo (repartição do século 25 que mantém a linha do
tempo intacta), se estabeleceu na década de 30 do século 20 em Neuchâtel,
Suíça, a fim de identificar tal mazela. Enquanto desenvolve vacinas em seu
laboratório, seu marido, Constant
Girard-Gallet, mantém as aparências como relojoeiro e seu filho estuda
Horologia, no internato de La Chaux-de-Fonds.
Pelo fato de terem vindo do
futuro, o tempo passa diferente para a família O’Clock. Eles ainda estão vivos
e ativos, na Suíça. Ainda não estão prontos para voltar para o futuro, o
desenvolvimento dos dispositivos temporais ainda não foi finalizado, assim como
o estudo do tempo como dimensão material. Nesse momento de enfrentamento o
recado que eles podem dar: use máscara.