Didele Galva

0010 - Didele Galva

Pesquisando em nossos arquivos descobrimos um herói de outra época, praticamente esquecido no meio de tantas fichas do exército da Lituânia. Vamos contar agora seus feitos.

Didele Galva se alistou no exército quando essa era uma das poucas oportunidades que se tinha para estudar e ter uma carreira. Como todos, começou por baixo, fazendo os mais chulos serviços, mas empenhado em se destacar para alcançar um setor mais glamoroso. Almejava ser da inteligência do exército, mas não sabia o que tanto estudo estava lhe guardando.

Nas folgas programadas, o pelotão sempre saía junto para paquerar e se embebedar. Galva acompanhava ansioso para descobrir os prazeres carnais, baseado nas histórias sensacionais dos companheiros.

Numa dessas folgas ele se engraçou com uma garota encantadora, voluptuosa e meiga. Nos dias seguintes o rapaz só pensava na garota, e nos seus... carinhos. A fixação permaneceu, o que começava a atrapalhar suas atividades.

Reconhecendo o potencial de Didele, o comandante optou por manda-lo para o campo de batalha, na guerra que se iniciou. O enfrentamento se prolongou durante vários meses, até que o Quartel General recebeu a notícia que o inimigo havia destroçado o exército aliado, mas ao mesmo tempo havia se rendido. Ao averiguar, quem era o único em pé?

Aquele isolamento só aumentou a obsessão de Didele por sua garota, criando-se uma carapuça de formato inusitado. Para os inimigos, era como um chifre, que amedrontava. Ao atacar, as balas ricocheteavam e voltavam para quem atirou. Para Galva, novas funções cerebrais foram descobertas, como telepatia, conhecimentos da anatomia fora do comum e repelente contra piolhos.

Ao voltar do campo de guerra, patenteou grandes produtos que até hoje usamos, como o sutiã e o remédio Escabin. Ele encerrou sua carreira como herói de guerra, e viveu com sua garota no interior, rico e feliz, só tirando leitinho... das vacas de sua fazenda!